Archive for junho 2010

Avante, Iron Maiden!

Posted by Programa Enter

Por Ronaldo D'arcadia

Steve Harris, Bruce Dickinson, Nicko McBrain, Dave Murray, Adriam Smith e Janick Gers. Estes são os seis integrantes do inquestionável melhor grupo de heavy metal do planeta, o IRON MAIDEN. São mais de 30 anos de banda. 30 anos de colaboração ferrenha para a formação de uma geração de metaleiros.

O conjunto surgiu no ano de 1975 em um dos maiores berços da música mundial, a Inglaterra, mas precisamente na capital Londres.
Inspirados pela “torturadora Donzela de Ferro” Margaret Thatcher, Steve Harris e Dave Murray iniciaram uma das parcerias mais produtivas do rock.No começo, houveram algumas idas e vindas de outros integrantes, como o marcante vocalista Paul Diano,  que após gravar os dois primeiros álbuns com a banda, acabou sendo expulso em 1982 pelo uso excessivo de cocaína.

  Com a entrada do vocalista Bruce Dickinson, e com a realização do mitológico disco “The Number of the Beast” em 82, a banda mergulharia para o sucesso. Discos foram queimados, preces foram feitas, mas não adiantou, nada impediu que o Iron Maiden se tornasse um ícone mundial do Heavy Metal, com letras ousadas e sonoridade brutal. Nos dias de hoje, as vésperas de lançar seu décimo quinto álbum de estúdio, o esperado “The Final Frontier”, os integrantes já se preparam para uma possível turnê mundial, que com certeza passará pelo Brasil, pois afinal, nossa recepção é sempre calorosa, e eles sabem muito bem.

É isso ai, que seja uma longa pós-vida ao nosso amigo Eddie. UP THE IRONS!






Promoção “UP THE IRONS!”

O programa Enter em parceria com a U2 CD Shop, traz uma promoção imperdível para os metaleiros de plantão!


Se você é fã de Iron Maiden, envie seus dados completos para
contato@programaenter.com.br e concorra a uma super bandeira da banda! Não perca tempo e envie já seu email, estaremos nesse sábado dia 03/07/10 às 16h30 e segunda 05/07/10 às 15h30 na Tv Poços sorteando esse super prêmio.

Fique Ligado!

Rapidinhas Rápidas dos Cinemas!

Posted by Programa Enter

Por Kadu Lopes


Fala galera do Programa Enter, vamos começar a primeira “Rapidinhas Rápidas dos Cinemas” com as novidades e os “Spoilers” da sétima arte!


O Rei Leão 3-D e o novo Roger Rabbit


Parece que o mundo das TVs em 3-D e dos Blu-Rays alcançou a Disney, o produtor Don Hahn direto do reino Unido foi promover o lançamento de A Bela e a Fera em Blu-Ray e aproveitou para comentar sobre as novidades do mundo da turma do Mickey Mouse. Disse em entrevista para a revista empireonline.com logo teremos "O Rei Leão em 3-D" mas que será uma conversão sem pressa e não há previsão para a volta da animação para as telonas.

O produtor também está envolvido na enroscada continuação de "Uma Cilada para Roger Rabbit"."Eu não posso falar muito, mas se você é fã do filme pode esperar que notícias farão você feliz muito em breve", disse Hahn, sem detalhar. Podemos em breve ver mais uma cilada para o coelhão da Disney e ver a maravilhosa África em 3-D, é só aguardar um pouco.



Uma Imagem Fala Mais que Mil Palavras!


Para você que não sabe, o novo filme de "Conan o Bárbaro" está sendo rodado na Bulgária, com atores definidos, roteiro pronto, tudo bonitinho. Não se sabe ao certo qual será a história do novo longa, mas provavelmente teremos um remake em nossas mão (Não existe mais criatividade em Hollywood, por Crom!)

Para as garotas fica aqui embaixo a foto do ator Jason Mamoa caracterizado como o Bárbaro, papel que um dia foi do governator da Califórnia Arnold Schwarzenegger. Uma pequena comparação entre os dois: Escolha o seu Conan!



Harry Potter vai à Guerra!


Não, não é o novo filme do bruxo inglês, mas sim a nova empreitada do ator britânico Daniel Radcliffeque que tenta, inutilmente, sair da pele do personagem que fez a carreira dele se destacar. Com o fim das filmagens do último Harry Potter, ele estará em um drama de guerra chamado "Nada de Novo no Front" um remake (Olha eles ai de novo! É só remake) baseado em um livro de Erich Maria Remarque, foi lançada em 1930 e ganhou um Oscar.

Radcliffe será o protagonista  Paul Banner, um jovem alemão que se alista junto com colegas recém-saídos da escola. Eles logo percebem, na prática, que defender seu país é bem diferente da ideia romantizada que tinham. Combatendo na Primeira Guerra Mundial, Banner decide mudar o foco de sua luta e combater as atrocidades dos campos de batalha e o ódio entre os jovens de sua geração, mesmo aqueles que estão em lados oposto. O filme só começa a ser produzido em 2012, já que o ator tem um compromisso que vai ocupar quase todo seu tempo em 2011: a peça "How to Succeed Without Really Trying", que terá uma longa temporada na Broadway.


O Drama da Adaptação de "O Hobbit" Continua.


Peter Jackson não aceita dirigir "O Hobbit", adaptação do primeiro livro de J. R. R. Tolkien que após algum tempo escreveria a saga “O senhor dos Anéis”, um clássico da literatura e um épico dos cinemas. O Motivo? Simplesmente grana! Jackson tem um processo contra a New Line em razão da distribuição dos lucros de "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel". Quando surgiu a chance de Jackson voltar ao universo de Tolkien, com a MGM anunciando seus planos de fazer dois filmes, o diretor informou à New Line que só aceitaria fazer parte do projeto se o processo fosse resolvido antes.

Bom, fazer o que não é? Enquanto Peter não se resolve com a produtora, já tivemos a possibilidade de Guillermo Del Toro, o diretor de “O Labirinto do Fauno”, dirigir o longa dos Hobbits, mas ele já é carta fora do baralho devido aos problemas financeiros da MGM e constantes atrasos da produção. Del toro tem diversos projetos que pretende desenvolver, como por exemplo uma releitura do clássico "Frankenstein", e devido a isso, não tem muito tempo a perder:

Devido aos atrasos que impedem que as filmagens sejam marcadas tive que tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida. Depois de dois anos vivendo, respirando e desenhando o mundo criado por Tolkien, eu lamento, mas preciso deixar a direção dessas incríveis adaptações", declarou o diretor em comunicado oficial.

 Agora quem entra na linha de frente da Terra média, segundo o site theonering.net, é o protegido de Jackson, Neill Blomkamp, que dirigiu a ficção cientifica “Distrito 9”. O filme é uma pérola da nova safra das ficções científicas,  mas será que ele está pronto para encarar a orda de fãs de Tolkien?

Assim que tivermos mais informações traremos para vocês meus caros amigos Entermaniacos!

E lá vamos nós!

Posted by Programa Enter

Bastidores da Luta!

Por Victor Imesi

Para que vocês saibam um pouco mais, o programa é totalmente independente, ou seja, produzido e comercializado fora da emissora em que é transmitido.
Mas isso é bom ou ruim? Depende...

O conteúdo é totalmente de autoria nossa, matérias e pautas não precisam ser analisadas ou aprovadas antes de serem exibidas (claro, seguindo regras de ética da emissora). Por outro lado, temos que bancar os custos de exibição deste programa (coisa que programas gerados pela emissora não tem).
Aí é que começam as dificuldades.

O programa completou um ano de existência e não ganhamos nada até hoje com ele, isso mesmo, nada.Toda publicidade dentro do programa é somente para bancar os custos da exibição. É claro que queremos que o projeto que tanto lutamos para ser exibido também nos dê algum lucro, mas isso não pode atropelar os princípios que temos para com o mesmo.
Estamos no interior de Minas, com a maioria dos possíveis clientes com mentalidade da época dos dinossauros.

Pra você que já assistiu a programação da TV Poços, já deve ter visto como os programas ficam lotados de propagandas e você deve pensar: Nossa, eles devem estar ganhando demais! Que nada, a maioria destes programas vendem anúncios a preço de banana, entopem seus breaks comerciais, prostituem o mercado e estragam a programação da emissora.

Poderíamos muito bem fazer isso e ficar tranqüilos para bancar os custos e ainda sobrar alguma “merreca”, mas esse não é e nunca foi nosso objetivo. Ainda com todas as dificuldades de sermos um programa voltado para um público segmentado, vamos buscar equilibrar as coisas para poder mostrar um conteúdo bacana e diferente do que se vê na nossa querida TV Poços.

Os nossos sonhos e objetivos só serão possíveis com muita luta e persistência.
Abraço a todos.

Crítica de Cinema: "Brilho de Uma Paixão"

Posted by Programa Enter

por Ronaldo D'Arcadia


Com beleza e respeito, “Brilho de uma Paixão” explora o romance por traz das inspirações do poeta inglês John Keats


Entre olhares e meias palavras, a diretora Jane Campion conta a história do icônico poeta John Keats e suas duas paixões: a poesia e Fanny Brawne. A primeira ele conquistou com muito esforço. Mesmo sendo enxovalhado pela crítica com seu longo poema “Endymion” em 1818, o jovem nunca se abateu, procurando se aprimorar cada vez mais para assim alcançar a perfeição. Já a segunda aconteceu de forma natural, como toda a paixão deve ser, mas um relacionamento do século 19 não dependia apenas da naturalidade de seus eventos.


Keats morava com seu amigo e companheiro de poesia Mr.Brown, um sujeito de caráter expansivo e personalidade amarga. Os dois viviam em meio à família Brawne, que era senhoria da casa em que moravam. Conforme o tempo passava, o relacionamento entre o poeta Keats e a garota de personalidade forte Fanny, se mostrava certo, apesar do jovem não possuir garantias mínimas do sustento da moça, o que era altamente recomendado pelas convenções matrimonias da época. Mesmo assim o envolvimento nasce, mas como esta é uma história de amor baseada em fatos reais, seu final esbarra em uma dura realidade.



Jane Campion conduziu o longa de forma tradicional e com muita pericia. Alicerçada pela ótima história que estava contando, destacou a inspirada fotografia de Greig Fraser, que revela a beleza da forma de seus cenários e personagens: os piqueniques na grama, as cores vivas das flores, as crianças que capturam borboletas, o poeta que se deita no topo da árvore, e a mulher que lê poesia junto à janela. Com muita fluidez, a diretora neozelandesa - que já conquistou a Palma de Ouro com o excelente “O Piano”-, não perde seu foco em momento algum, trabalhando de forma impecável os jogos de interesses, manipulações camufladas e sentimentos guardados tão costumeiros daquele período.

A atriz Abbie Cornish, que já viveu outra excelente história de amor ao lado de Heath Ledger no lisérgico “Candy”, consegue encontrar a maturidade exata para sua personagem. Fanny é uma mulher a frente de seu tempo: preza uma boa conversa, se mostra inventiva e talentosa com a costura da época, e também se interessa em aprender poesia. Suas angústias, envolvendo seu complicado romance, são sentidas com pesar pelo telespectador, sendo este o ponto de destaque da atriz. Dona de um olhar profundo, belo e ao mesmo tempo triste, seu semblante de esperança muitas vezes se contrasta com as impossibilidades impostas pelos fatos ao seu redor. Racional e estruturada, a personagem é com certeza os olhos e os sentimentos de seu público, que torce pelo amor do casal, mesmo sabendo que uma vitória é impossível.

Já a interpretação de John Keats ficou a cargo do vívido Ben Whishaw, que chamou atenção no sensorial “Perfume – A História de um Assassino”, e no surreal “Não Estou Lá”, que conta a história do cantor Bob Dylan. Neste “O Brilho de uma Paixão”, o ator mostra sua dedicação com a personagem, realizando uma interpretação inspirada e com sensibilidade, uma tarefa nada fácil, pois o peso dessa personalidade real apresentava suas responsabilidades. O interprete consegue encarnar este poeta sobrecarregado que acabara de perder seu irmão devido a uma grave doença. Todas as relações burocráticas ao redor de Keats fizeram com que ele vislumbrasse um futuro incerto, onde não encontrava possibilidades de concretizar a relação com sua amada. Este mesmo futuro acabaria culminando na aceitação fatídica de sua morte, mediante seu grave quadro de saúde.

Como coadjuvante de destaque do filme temos Paul Schneider, como o já citado Mr.Brown. O ator alcança o tom certo para este detestável amigo de Keats, que, apesar de suas palavras muitas vezes hostis, no fundo de seu coração carregava uma grande apreciação e preocupação por seu amigo, sendo suas atitudes uma forma pretensiosa de proteção.


John Keats teve uma vida curta. Morreu aos 26 anos de tuberculose na Itália. Mesmo com o pouco tempo que teve para sentir a plenitude de sua existência, deixou obras memoráveis para posteridade, alcançando uma fama que com certeza nunca pensou ser possível em vida. Através das cartas e poemas, destinadas para o irmão e sua amada, e tomando como base a biografia escrita por Andrew Motion, a diretora Jane Campion conseguiu capturar este breve momento da vida do jovem, um momento que ficou eternizado através de seus poemas, como sua eterna “Estrela Cintilante”, ou originalmente “Bright Star” (famoso poema de Keats). Com uma apresentação de créditos inovadora, somos arrastados para o mundo poético do autor e seu sublime poder das palavras. Literalmente, arte em sua mais pura essência.

Críticas de Cinema: "O Profeta"

Posted by Programa Enter

por: Ronaldo D'Arcadia

Com um realismo orgânico, “O Profeta” nos apresenta ao desconhecido submundo das prisões francesas.

Todos sabemos como as facções criminosas muitas vezes comandam os presídios de nosso país. Homens com poderes ilimitados, que além de seus negócios do outro lado do muro, controlam também policiais, advogados e uma legião de seguidores. O filme “O Profeta” aborda esta sociedade atrás das grades, mas a diferença aqui é o sotaque, e também o caos calmo que existe nestas relações. Presídios franceses são muito diferentes de presídios brasileiros. Enquanto aqui homens ficam abarrotados em celas, tendo sua sanidade diretamente afetada, na Europa, a prisão segue uma existência mais humana, mas que não deixa de ser cruel.
Tudo começa com a chegada de Malik El Djebena (Tahar Rahim) na prisão em que viverá nos próximos seis anos. Ele é um jovem de descendência árabe que nada tem na vida. Ao ser preso, está sozinho, e claramente precisa se aliar com algum grupo para não se dar mal. As oportunidades surgem, e Malik as aproveita. Empurrado por um extinto de sobrevivência incrível, o jovem começa a ascender na vida do crime, ganhando cada vez mais status e respeito entre seus companheiros. Estrategista perfeito, suas jogadas se concretizam de forma brilhante, uma manipulação de fatores digna de mestre.

O diretor da obra é Jacques Audiard, um francês de muito talento que tem em seu currículo o também excelente “De Tanto Bater Meu Coração Parou”, filme fortemente premiado quando lançado em 2005. Com seu “O Profeta”, ele venceu o Grande Prêmio no Festival de Cannes, em 2009, e foi indicado ao Oscar de Melhor filme estrangeiro, levou também Bafta de melhor filme estrangeiro, desbancando o favorito “A Fita Branca” de Michael Haneke, e por fim, ganhou nove troféus no César, o festival mais renomado da França.


Audiard é fantástico com sua câmera crua e sempre em movimento. Em tom documental ele nos apresenta aquela realidade de forma orgânica e natural. Brincando com os elementos, como visão, audição e mesmo as diferentes línguas de seus personagens, mergulhamos diretamente dentro do filme, acompanhando passo a passo a evolução da trama.



O roteiro é uma obra de arte. Muito bem amarrado, por muitas vezes ele não se preocupa em explicar até onde vão suas raízes, deixando para o público a dedução obvia dos acontecimentos. Com uma evolução clara de seus personagens, Audiard, juntamente com o roteirista Thomas Bidegain, constrói uma história de ascensão ao poder digna dos grandes filmes de mafiosos.

A trilha sonora também chama a atenção. Trabalhando de forma discreta durante todo o longa, ela por vezes se revela bem humorada, executando canções americanas como um rap carregado, um blues arrastado e ainda uma versão acústica incrível de “Mack The Knife” imortalizada pelo grande Frank Sinatra.
O time de atores é perfeito. Auspiciosamente escolhidos, todos são caras novas ou com poucos trabalhos feitos. Tahar Rahim, que interpreta o personagem principal Malik El Djebena, está perfeito como este criminoso de boa índole. Apesar de dar a volta em seus comparsas, e assassinar a sangue frio seus inimigos, o garoto nunca perde o ar de bom amigo. Ele é o criminoso perfeito, uma espécie de Teddy Bundy dos franceses.
Junto a ele está Niels Arestrup interpretando César Luciani, chefão da quadrilha toda, que manda em tudo dentro da prisão. Apesar de sua influência política dentro e fora dos muros, Luciani sabe que deve manter sua posição com mão de ferro, pois quando se está no topo, para baixo e a única direção disponível. O elenco de apoio é todo formado por atores de teatro e não atores ex presidiários, fazendo com que as relações sejam as mais autênticas possíveis.

Com reviravoltas incríveis e cenas de uma crueza impar, “O Profeta” marca presença entre os grandes filmes de criminosos, mas com o característico tom realista das obras européias dignas de nota. Em certa cena, Malik elimina um adversário com apenas uma lamina de barbear. Um fundo corte na veia carótida do pescoço do homem faz com que seu sangue se perca rapidamente. Após a execução, o fantasma do morto acompanha Malik de forma silenciosa, um fantasma que no final acaba se tornando seu único amigo de verdade. A voz do inconsciente de um profeta do crime é também a loucura necessária para a sobrevivência de um ser humano dentro de um sistema ironicamente sem leis.

Críticas De Cinema: Kick-Ass - Quebrando Tudo

Posted by Programa Enter

Fala galera. Aqui é Ronaldo D'Arcadia, crítico de cinema e colaborador iniciante do programa Enter. Amigo de faculdade dos criadores do programa, Carlos e Vitor, ainda me lembro bem das discussões entusiasmadas desses dois! Idéias que vinham como um trem! Sempre com muito bom humor.

Mas falando de entrenimento, fico feliz de colaborar com o blog do Enter. Moro em São Paulo, e costumo pegar uns lançamentos de cinema por aqui. Vou mandar críticas de filmes e quem sabe o que mais não é? Estamos ai galera Enter!

Um abraço a todos, em especial para o nosso mentor, meu, do Carlos e Vitor, o mestre Jardel.



Vamos as críticas:

Kick-Ass – Quebrando Tudo
por: Ronaldo D'Arcadia

Com muita atitude, o longa faz uma homenagem ao universo jovem e seus heróis.

Abençoados sejam os nerds. Antes vistos como isolados e bitolados nos estudos, os “Neo Nerds” de hoje, devido à maciça socialização alavancada pela internet, dominaram o mundo “cool” em quase todas as áreas do entretenimento, de jogos a filmes, e se tornaram um público alvo a ser bajulado. É graças a eles que pérolas como
“Kick-Ass – Quebrando Tudo” são produzidas.

Depois de filmes como “Star Trek”, ou mesmo “Matrix” (que pode ser considerado um dos precursores desta onda), este filme do herói mascarado e improvável é com certeza a celebração deste advento. Tudo começa com Dave Lizewski (adivinhem só?), um garoto nerd que certo dia se pergunta: Será que ninguém até hoje teve a brilhante idéia de se tonar um super herói na vida real? Após comprar uma roupa um tanto quanto fajuta na internet, ele parte para a vida de vigilante. Com intuitos honrados, o garoto se esforça, e mesmo depois de uma estreia mal sucedida (e bota mal nisso) na vida do combate ao crime, ele vira “hit” na internet após ser filmado enfrentando alguns brutamontes que espancavam um pobre raaz, mobilizando assim a opinião pública.

Despreparado e fora de forma, Kick-Ass (codinome adotado por ele) quase se dá mal com bandidos barra pesada. Mas na hora certa é ajudado por Hit Girl e Big Daddy, heróis de verdade que sabem lutar, usar armas e agem de forma cautelosa. O problema é que o envolvimento com esta dupla dinâmica acarreta um lado negativo, e ele acaba na mira de um dos grandes chefões do crime local. Enganado por Red Mist, ou melhor, Chris D’Amico, filho de Frank D’Amico (chefão da máfia em questão), o herói juvenil vê que sua vida corre verdadeiro perigo. É então que, motivado por seus ideais, e também pela possibilidade de continuar namorando a linda Katie, Kick-Ass tem que se virar.

O filme é de Matthew Vaughn, antigo produtor de Guy Ritchie, que tem em seu currículo de diretor o ótimo “Nem Tudo é o que Parece” e o subestimado “Stardust – O Mistério da Estrela”. Capturado pela história em quadrinhos de Mark Millar (criador da obra também adaptada paras telonas “O Procurado”), Vaughn abraçou a idéia do longa de corpo e alma, e o produziu de forma independente, para assim, juntamente com o autor ter total controle do conteúdo.
Com cenas de violência absurda (como um homem sendo esmagado dentro de um carro de forma brutalmente realista), e abusando do “politicamente incorreto”, o filme é uma amostra de como se contar uma história com prazer e liberdade. Podemos conferir Hit Girl, de apenas 11 anos, praticamente triturando seus inimigos, sendo alvejada a queima roupa pelo próprio pai como parte de um treinamento, e muitas outras coisas que não cabem no comportamento de uma garota normal de sua idade.

A direção é excelente, assim como seu roteiro surreal e antenado. Vaughn optou por cenas de lutas limpas, sem imagens sendo jogadas de um lado para o outro. No melhor estilo “Matrix”, enquanto a ação acontece, a câmera desliza suave por entre seus protagonistas, nos colocando em uma posição privilegiada, onde podemos realmente acompanhar quem está matando quem, e como está fazendo isso.

Mas o grande diferencial fica a cargo da edição dinâmica (herança cultuada do cinema inglês de Ritchie) e a trilha sonora, que com certeza é um dos pontos mais fortes, pois é com ela que o diretor passeia pelo humor, drama e momentos tensos de forma tão natural. Além da trilha incidental excepcional, que traz, por exemplo, John Murphy com sua arrebatadora “In a HeartBeat” (tema original do filme “Extermínio 2”) , o longa reúne também uma trilha sonora inspirada, que vai do funkadelic ao rock pop instigante, do punk “Bad Reputation” de Joan Jett & The Blackhearts, a “Crazy” de Gnarls Barkley, de The Prodigy com “ Omen” a Primal Scream com “Can’t Go Back”, e por ai vai, a lista é longa.

E para completar temos um elenco afiado. Aaron Johnson, que interpreta o intrépido Dave/Kick-Ass, foi a escolha certa para protagonista. Apesar de o ator ser inglês, ele se passa por um americano perfeito. Sua existência comum é encarnada de forma exata. Dave é um símbolo de uma geração, e por mais que às vezes ele parece sem graça, sua normalidade acaba sendo um grande diferencial.

Como a encarnação de Adam West, temos Nicolas Cage com seu Big Daddy, que obviamente, mais parece o Batman. Na sua melhor interpretação desde “Adaptação”, o ator consegue alguns créditos após uma seqüência de balelas que anda fazendo. Seu Big Daddy é incrível, muito engraçado, por vezes insano, ironicamente atencioso com sua filha, um personagem rico e complexo. Seu modo de falar aos solavancos é hilário, ao melhor estilo do homem morcego das séries dos anos 60.
Hit Girl é um show a parte, com certeza o maior destaque do longa. Interpretada com desenvoltura pela jovem Chloë Grace Moretz, a personagem é uma das forças motrizes da história. No papel do vilão Frank D’Amico temos o sempre eficiente Mark Strong, que consegue se reinventar a cada vilão que protagoniza, e junto a ele está Christoper Mintz-Plasse vivendo o filho que quer ser bandido Chris D’Amico/Red Mist. O ator, que tem vocação para a comédia, se saiu muito bem como este vigilante falsário que fuma alguns baseados enquanto faz sua patrulha rotineira. Entre os coadjuvantes, destaque para os amigos nerds e engraçados Marty e Todd, interpretados por Clark Durke e Evan Peters.

“Kick Ass – Quebrando Tudo” é uma miscelânea de referências dos tempos modernos. Homem-Aranha, Super-Homem, Batman, ao mesmo tempo em que são desconstruídos, são homenageados. Música contemporânea introduzida com classe. Uma seqüência de FPS (First Person Shooter) que deixará os “gamers” por ai de boca aberta. Muito diferente dos filmes do gênero, como o interessante “Defendor” (obra com Woody Harrelson de temática semelhante), o filme de Vaughn soube se conectar melhor com seu público, e assim realizar uma obra a ser cultuada. Uma boa oportunidade de conferir o que os novos diretores ingleses são capazes. Que venha “Scott Pilgrim Contra o Mundo”.

Um momento que marcou as nossas vidas!

Posted by Programa Enter


Sabemos que nossas vidas são marcadas por momentos, o encontro de um grande amor, a vitória do time do coração, o nascimento de um filho, entre outras coisas. Mas um dos fatos que mais marcaram a minha vida, e acredito que tenha marcado a vida de meu sócio e diretor do programa, Victor Imesi, tenha sido a criação do “Programa Enter”. No ano de 2008, no terceiro ano da faculdade de Publicidade e Propaganda em São João da Boa Vista, tínhamos várias ideias sobre as teorias da comunicação e como eles influenciam em nosso dia a dia. E um dos que mais gostávamos de analisar era o meio televisivo e como uma indústria que controla as massas pode dar tanta informação com seu conteúdo tão diversificado.

Hoje em dia existem vários canais abertos, os canais que você não paga para assistir, mas que acabam desanimando com sua programação. Será que teríamos competência de fazer um programa de bom conteúdo? Imaginamos o que poderíamos trazer de novo para a TV aberta brasileira. Lógico que “criar algo novo”, além de ser pretensioso demais da nossa parte acaba nos tornado o centro de uma mudança radical na TV nacional, algo que só pensamos em sonho. Mas o que poderíamos fazer? Se juntarmos os dois sonhadores, um sempre trabalhou com a razão e o outro com o coração, um sempre brincou demais e o outro sempre pareceu ser sério demais, o yin e o yang, estavam sendo colocados um do lado do outro, mas em vez de serem opostos algo atraia em seus pensamos que misturavam quando o assunto era entretenimento.

É claro que existiam e existem programas na TV aberta que falam sobre filmes, videogames, e existem até alguns canais que abordam temas musicais com biografias completas e clips 24/7. Então porque falar sobre isso na TV? Ainda mais com a internet que pode ser explorada rapidamente com apenas um click? Existe um fator propulsor para que a gente tenha criado o Enter, e esse é um fator que enquanto você lê esse texto ele já se perdeu, e perdeu, e perdeu. O nome dele é TEMPO! Estamos limitados ao tempo hoje em dia e muitas vezes não conseguimos fazer o que gostamos, pois não temos TEMPO para procurar o que fazer. Quantas vezes você assistiu a um filme e se arrependeu por que ele era ruim? Quantos jogos ruins comprados inutilmente por falta de informação? Quantos CDs jogados na prateleira, pois não agüenta mais nem um agudo daquele cantor no rádio?

Juntamos formas do entretenimento que gostamos, misturamos cinema, música, seriados, videogames, tecnologia, e várias matérias que tragam algo de novo e que sejam interessantes para que, pelo menos, as pessoas ficarem “antenadas” com dicas. O nome ENTER, assim como o bordão “Enter, entre no entretenimento” não foram criados a toa, nós queríamos que as pessoas “entrassem” realmente de cabeça no entretenimento.


Depois de muita pesquisa descobrimos várias possibilidades, e eu, Carlos Eduardo Lopes Alves e meu grande amigo e diretor Victor Emanoel Imesi Neto criamos o “Programa Enter” que estreou na TV Poços de Poços de Caldas Minas Gerais às 16h30, horário de Brasília e reprisou às 15h30min, no dia 06/06/2009 (vire o nove e dará um número macabro). Se você assistir a uma dica do Enter, seja de cinema, games, etc. VOCÊ fará a SUA escolha do que vale ou não a pena ir atrás conforme o seu gosto. Acredito que nós criamos algo que não é novo, mas que traz uma abordagem diferente, levando várias novidades do entretenimento para as casas dos nossos telespectadores, algo pouco aproveitado pelas grandes emissoras que preferem Reality Shows a programas culturais.


Essa é só a primeira parte da história do nosso programa, outro dia eu contarei mais curiosidades sobre o Enter. Espero que você continue com a gente nessa nova empreitada, o Blog dos “Entermaniacos”.


Um abraço e até a próxima!

Kadu Lopes