Crítica de Cinema: Resident Evil - Recomeço
Posted by Programa Enter
Por: Ronaldo D'Arcadia
O primeiro filme ruim em IMAX 3D a gente nunca esquece. Quando todos pensavam que com “Resident Evil: A Extinção” a franquia teria um fim, eis que surge o “recomeço”.
Tendo escrito e produzido os três primeiros filmes da franquia “Resident Evil”, e dirigido apenas o primeiro, ele agora volta para a cadeira de diretor neste “Recomeço”, mas novamente falha na sua intenção de rodar um bom longa metragem de ação.
Anderson confirma então sua mediocridade como roteirista, apresentando um fiapo de história lamentável. Tudo gira em torno da vontade de Alice encontrar sobreviventes e fugir da corporação Umbrella, que a persegue devido seu valioso DNA. Seguindo os fatos já citados no filme anterior, ela parte atrás de um local chamado Arcadia (boa escolha de nome), que manda sinais por rádio oferecendo abrigo e ajuda. Após voar para o Alasca, não achar nada e dar com os burros em água fria, ela descobre que o lugar na verdade é um navio. Por fim, ela sai voando pelo mundo e acaba aterrissando seu teco-teco no teto de um presídio onde existem sobreviventes, e de lá avistam o Arcadia ancorado próximo a orla. Eles precisam então descobrir um jeito de chegar até seu estimado destino, e para isso terão de matar milhões de zumbis. Mas adivinhem, nem tudo é o que diz ser.
O fator “game” ainda salvou a pontuação final deste filme. Apesar de reinventar praticamente toda a história, o diretor Anderson teve a atenção de colocar referências do último jogo da franquia, “Resident Evil 5”. Temos o carrasco enorme e seu machado descomunal, zumbis com bocas deformadas que mais parecem plantas carnívoras, cachorros do inferno que se abrem ao meio se transformando em uma boca só, e o já citado vilão Weske, que está muito parecido com o original. Chris também não foi esquecido, apesar de sua passagem ser decepcionante, como também já foi citado.
Mesmo colocando estes elementos, no final “Resident Evil: Recomeço” não honra a tradição do game que um dia teve a pretensão de adaptar. O clima de desespero e nervosismo simplesmente não existe. Parece que apenas as cenas de ação receberam algum tipo de atenção dos produtores, que esqueceram o primordial para tudo funcionar bem: uma história bem contada, coisa que o jogo faz sem dificuldade. Resumindo, a obra é um espetáculo de baboseiras com um roteiro pífio e apenas uma idéia na cabeça, levantar mais grana. Com a bilheteria que fez o próximo já está praticamente confirmado.